Com discurso de candidato, o senador Aécio Neves do PSDB de
Minas Gerais, presidente do partido tucano, aproveitou sua participação no
Fórum Exame, em São Paulo, para fazer propostas de governo. Aécio Neves afirmou
que governaria com metade dos atuais ministérios (cerca de 21 ou 22) e que
reinauguraria a chamada Secretaria da Desburocratização. Superou o tabu sobre o
Bolsa Família e disse, categoricamente, que, caso fosse eleito presidente, iria
modificar o programa que hoje tem muitas falhas.
Segundo o senador Aecio Neves, o PSDB tem dez propostas para
melhorar o Bolsa Família. "O beneficiário precisa receber, uma vez por
ano, a visita de um assistente social que possa avaliar como anda a evolução da
família", disse. O presidenciável Aécio Neves defendeu que o benefício
seja pago por um período maior mesmo que os membros da família assistida
consigam um emprego e ultrapassem a renda mensal de até R$ 140 por pessoa.
"O pai de família que voltar a trabalhar com carteira
assinada deve permanecer recebendo o benefício por algum período, porque o
risco de perdê-lo não estimula as pessoas a voltar ao mercado de trabalho.
Vamos dar segurança para que a pessoa faça essa transição", afirmou.
Sobre os impostos, o presidente do PSDB, Aécio Neves, também
disse que, se eleito, tomaria, no primeiro ano do governo, medidas emergenciais
para simplificar o sistema tributário. Para ele, o governo "mais atrapalha
o ambiente de negócios do que ajuda" e ainda "demonizou a parceria
com setor privado".
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