Aécio Neves foi claro: disse que não gostaria de ver um
governador do partido num comício de Campos. Na visão dele, somente políticos
do PSB receberiam o governador de Pernambuco. O tema gerou debate e um deputado
paulista provocou gargalhadas ao explicitar a traição típica deste tipo de
acordo: "Palanque duplo é coisa de corno". Entre as possibilidades de
chapas conjuntas estão os dois maiores colégios eleitorais do País, São Paulo e
Minas (veja texto abaixo).
Apesar do duelo com Campos, Aécio Neves, que vem de uma
família com vasta biografia na política, quer evitar ataques direitos
ao governador de Pernambuco. Instado por deputados a atacar o discurso do
"novo" da aliança Campos-Marina, recomendou serenidade, lembrando que
precisará de apoio em eventual segundo turno.
Aecio Neves, que já conta com 30 anos de experiência na
política em sua biografia falou em entrevista ontem (16/10) que nota
proximidade entre as ideias do PPS e do PSDB. O senador afirmou que
as posições defendidas pela ex-senadora Marina Silva e pelo governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), são próximas das ideias dos tucanos.
"Saudamos posições externadas pela Marina e pelo
Eduardo (Campos), que são muito próximas àquelas que temos defendido, como
resgate dos postulados macroeconômicos, do tripé que nos conduziu até
aqui", afirmou Aécio, após reunião com a bancada tucana na Câmara dos
Deputados.
"Acho que a Marina, assim com próprio Eduardo, percebem
que este é um governo que caminha para o seu encerramento, porque ele
fracassou", emendou o presidente do PSDB.
Ao citar o tripé econômico, composto pela geração de
superávits primários, câmbio flutuante e metas para a inflação, o tucano faz
coro às críticas de Marina Silva, que nesta semana disse que esse modelo foi
prejudicado pelo governo Dilma Rousseff.
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