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terça-feira, 15 de outubro de 2013

A união entre Eduardo e Marina preocupa Aécio Neves e também o Palácio do Planalto

Além do vínculo com o lulismo, a chapa Eduardo Campos e Marina Silva representa a união entre o “novo” (Eduardo) com a representante que melhor capitalizou o sentimento “antipolítica” que brotou das ruas com os protestos de junho (Marina).

Porém, é importante mencionar que a dobradinha Eduardo e Marina tem desafios pela frente. Como, por exemplo, a busca por aliados que garantam um bom tempo de TV, assim como a construção de palanques estaduais competitivos para fazer frente às estruturas de PT e PSDB.
Para complicar, Marina leva uma lufada renovadora para um grupo que estava historicamente ligado ao PT, reforçando o distanciamento que Campos promovia da base governista.

A união entre Eduardo e Marina preocupa Aécio Neves e também o Palácio do Planalto, pois a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, deseja enfrentar o PSDB num eventual segundo turno.
No entanto, se Eduardo surpreender e chegar ao segundo turno, a estratégia petista de comparar os governos Lula e Dilma com a gestão FHC precisaria ser repensada. Mais do que isso, numa eventual disputa entre Dilma e Eduardo, o PSB teria potencial para atrair boa parte do eleitorado do PSDB de Aecio Neves.


Um dado importante a ser destacado é que, segundo a última pesquisa do Ibope, Marina tinha 16% das intenções de voto e Eduardo aparecia com 4%. Mesmo se não atrair 100% dos que declaram voto em Marina e obtiver 50% desses 16%, já seria o suficiente para Eduardo superar Aécio, que registrou 11% na última sondagem. Por enquanto, tudo são hipóteses, até porque não sabemos se, inicialmente, os votos de Marina Silva migrarão automaticamente para Eduardo Campos.

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