O apoio do PSDB ao senador Pedro Taques (PDT) numa eventual
candidatura pedetista ao governo do Estado do Mato Grosso no próximo ano está
condicionado, principalmente, à disposição do ex-procurador da República em
pedir votos para o colega de Congresso, Aécio Neves, o representante dos
tucanos na disputa pela presidência da República em 2014.
"Dependendo do espaço que o Aécio Neves tiver na
possível campanha do Taques, a possibilidade de uma aliança entre os grupos ser
firmada aumenta, com certeza", afirmou o deputado federal Nilson Leitão,
presidente do PSDB em Mato Grosso.
A eleição presidencial é a prioridade do partido em 2014.
Os rumores de união entre os tucanos e Taques cresceram
depois do comparecimento do senador à convenção em que Leitão foi reconduzido
ao cargo de presidente estadual do partido, realizada no último dia 26, na
Assembleia Legislativa, em Cuiabá.
Na ocasião, Taques, inclusive, sentou à mesa com Leitão,
junto de outras lideranças tucanas, estreitando as relações.
"Somos oposição aos governos, estadual e federal. Isso
é algo que nos aproxima", disse Leitão.
Apesar do PDT fazer parte da base aliada da presidente Dilma
Rousseff (PT), Taques tem mantido um distanciamento, assumindo uma postura de
independência - como ficou explicitado na sua candidatura à presidência do
Senado, onde foi o representante do bloco denominado "Independente",
formado pelos congressistas opositores ao governo.
Em Mato Grosso, o PSDB, atualmente, não possui entre o seu
grupo um nome com envergadura suficiente para disputar uma eleição ao governo
com chances reais de sucesso. Já Taques é considerado a bola da vez, figurando,
juntamente ao senador e ex-governador Blairo Maggi (PR) nos primeiros lugares
nas pesquisas de opinião.
Além da postura de Taques em apoiar Aécio Neves, pesará
também para que a aliança se consolide a forma como as militâncias tucanas e
pedetistas receberão a proposta.
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